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A agricultura regenerativa é uma tendência importante e fundamental no momento atual. Conforme alertam analistas do Fórum Econômico Mundial, metade da área agrícola global está esgotada atualmente, o que leva uma perda de produtividade da ordem de US$ 400 bilhões por ano.

No que tange a produção de uvas, há 10 anos foi iniciado uma manejo utilizando o mínimo de químicos possível, e nesta safra 2022/2023, uma parcela da Cabernet Sauvignon está sendo manejada somente com aplicação de microrganismos produzidos on farm, sem utilização de adubos, herbicidas e fungicidas químicos. “Estamos satisfeitos com os resultados, e é interessante observar que assim que alguma praga ou fungo começa e entrar neste quadro, logo ocorre uma competição natural com os microrganismos aplicados e então a multiplicação cessa” – constata Gabriela Potter, Eng. Agrônoma, Enóloga e MSc em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, da Vinícola Guatambu. O manejo de aplicações dos microrganismos nos vinhedos da Guatambu fica a cargo do técnico agrícola Vinícius Dutra.

É importante destacar que os parreirais da Guatambu situam-se na Estância Leões, considerada uma área de Reserva Legal, apresentando grande biodiversidade do Bioma Pampa, onde os ovinos e bovinos são alimentados com campo nativo. Neste local já foram encontrados pelas ONGs Alianza del Pastizal e Save Brasil a maior quantidade de pássaros ameaçados em extinção do Pampa Gaúcho, como o Veste Amarela. Uma prova de que a natureza neste local está preservada e em equilíbrio.
A Estância Guatambu começou a trabalhar com agricultura regenerativa na safra 2020/2021, primeiramente em suas áreas de soja, utilizando os princípios da Soil Food Web (SFW), desenvolvida pela professora e pesquisadora americana phD Elaine Ingham, através da qual se busca regenerar o solo, sua microbiota e microfauna, trazendo de volta a vida ao mesmo, disponibilizando nutrientes para a cultura, minimizando pragas e doenças, e buscando uma maior sustentabilidade do sistema, usando menos fertilizantes químicos e defensivos agrícolas.

Painelistas do Fórum Econômico Mundial definem este cultivo como revolucionário, pois a prática agrícola combina a produção de alimentos com a restauração e fortalecimento do ecossistema do solo. Para tanto, após muito estudo, desde 2021 a Guatambu produz seus próprios compostos orgânicos que são aplicados nas lavouras na forma de extrato ou chá, além de aliar a tecnologia SFW à produção de isolados de bactérias e fungos benéficos na sua biofábrica, e à fertilização com insumos naturais como pó de rocha, fosfato natural, cama de aviário e outros adubos orgânicos. “Acreditamos muito no poder dos microorganismos como melhoradores da fertilidade e da sanidade dos nossos solos e plantas, e também na qualidade dos insumos orgânicos produzidos dentro da própria fazenda” – comenta Raquel Potter Guindani, em agrômoma MSc em Ciencia do Solo e responsável técnica da Produção de grãos da Guatambu. A multiplicação de microorganismos isolados e a produção na biofábrica de composto é de responsabilidade dos Eng. Agrônomos Bruno Cera e Tamires Hoppe, sob administração do Diretor-proprietário Valter José Pötter.

“São novos tempos, onde enxergamos esperança de uma produção de alimentos cada vez mais equilibrada e em harmonia com os ecossistemas” – conclui Gabriela.

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